Decorrerá entre 27 de fevereiro e 6 de março, a 9ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin). Como habitualmente o cinema São Jorge, de Lisboa, será um dos espaços para as atividades do festival, juntamente com o Instituto Cervantes, que este ano apresenta, entre outras novidades, muitos projetos portugueses, várias obras vindas da Berlinale e uma parceria com o Festival de Guiões.
A produção cultural lusófona é o eixo central da programação, que apresentará em competição nove longas-metragens de ficção, nove documentários e 16 curtas. Sessões dedicadas ao cinema brasileiro e uma, novíssima, que estende a programação aos países de línguas derivadas do Latim, completam a programação fílmica. Ao todo, sete obras tiveram ante estreia mundial ou internacional nos festivais de Sundance, Roterdão e, principalmente, Berlim.
A participação portuguesa na competição de longas de ficção inclui quatro projetos. O produtor Fernando Vendrell foi buscar à obra de Vergílio Ferreira a inspiração para o seu novo trabalho como realizador, “Aparição”, que reúne Jaime Freitas e Victoria Guerra no elenco para a narrar a história de um romance numa asfixiante Évora dos anos 50.
“Vazante” é uma coprodução com a Ukbar estreada no Festival de Berlim e mergulha com o brilho da fotografia e da direção de arte nos meandros da escravatura no Brasil – com um forte tom social impresso pela cineasta Daniela Thomas, colaboradora habitual de Walter Salles.
Já “Praça Paris”, cofinanciado pela Fado Filmes e com apoio do ICA, desloca-se para o universo contemporâneo e apresenta Joana de Verona a viver uma psicóloga imersa na realidade das favelas do Rio de Janeiro, com realização de Lúcia Murat. “Uma Vida Sublime”, do cineasta independente Luís Diogo, propõe um romance com elementos de “thriller” .
Conexão com os grandes festivais internacionais
Em relação ao Brasil, o FESTin deste ano logrou reunir a produção do país que fez parte do circuito dos grandes festivais internacionais em 2017. Estreado em Sundance “Não Devore o meu Coração”, de Felipe Bragança, traz uma mistura de fantasias indígenas com a situação bem real dos crimes cometidos contra eles na fronteira do Brasil com o Paraguai. Com Cauã Raymond no elenco.
A obra também foi selecionada para o Festival de Berlim, plataforma de lançamento de vários projetos desta edição. Pela secção Panorama passou “Como Nossos Pais” da distribuidora Alambique, obra escolhida para abrir o FESTin 2018. Com um forte acento feminino, tráz um drama intenso e repleto de reviravoltas sobre relações familiares e distinções de género ainda culturalmente relevantes. O filme também terá distribuição em Portugal e contará com a presença da realizadora Laís Bodanzky na sessão de abertura.
Já Fabio Meira viu o seu trabalho de estreia, “As Duas Irenes”, estrear na Generations no certame alemão; o filme encerra o FESTin com uma delicada história sobre amizade e expectativas adolescentes. Pela mesma mostra passou “A Mulher do Pai”, onde Cristiane Oliveira narra os sonhos e desesperos típicos de uma jovem asfixiada pelos limites de uma pequena localidade do sul do Brasil.
Completam a competição “Açúcar”, atualmente a ter estreia internacional em Roterdão, festival em andamento, e “Redemoinho”, um dos mais belos filmes a chegar às salas de cinema no Brasil em 2017.
Mostra Latim- A língua em movimento
Expandindo o âmbito da sua programação, o FESTin lança-se em torno de idioma ancestral do português, o Latim – selecionando uma série de obras vindas de países com língua neolatina. É o caso de Espanha, Cuba, França, Itália e Roménia. E, pela primeira vez em Portugal, exibe-se um filme que representa o Vaticano: ” O menor exército do mundo” de Gianfranco Pannone, que integrou o Festival de Veneza de 2015 com excelente acolhida do público.
Sotaques da lusofonia
Fazendo eco da sua vocação primária de único representante da produção cinematográfica de países com ligações a Portugal, o FESTin apresenta, na competição de documentários e na secção especial Sotaques da Lusofonia, obras de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial – com destaque para “Serviçais – Das Memórias à Identidade”, em competição, no qual Nilton Medeiros traça um duro retrato de um sistema de trabalhos forçados há muito desaparecido, mas que ainda hoje tem ramificações no mundo do trabalho em São Tomé e Príncipe.
A parceria “Guiões”
Uma das grandes novidades do FESTin este ano é a parceria com a 4ª edição do “Guiões – Festival de Roteiros de Língua Portuguesa”, que irá decorrer no âmbito do festival entre os dias 2, 3 e 4 de março. O evento promove um encontro entre guionistas/roteiristas da indústria cinematográfica de Língua Portuguesa e serve como plataforma de escrita e promoções de pitchings, sessões de filmes, debates com representantes da indústria, workshops, masterclasses e premiação de autores vencedores.
A parceria com o LusophoneFilm Festival
Dentro do caráter itinerante do FESTin, a parceria com o LusophoneFilmFest leva a diversidade da produção em língua portuguesa a vários lugares do mundo – incluindo sessões em Nairóbi (Quénia), Zanzibar (Tanzânia), Bangkok (Tailândia), Sydney (Austrália), Phnom Penh (Camboja) e Macau (China.).
DOSSIER de IMPRENSA FESTin’18 (PDF)
Os bilhetes para o festival estarão à venda na bilheteira do Cinema São Jorge em breve, e têm um custo de 3,00€ (bilhete normal); 2,50€ (até 25 anos e maiores de 65 anos:); 1,50€ (grupos de mais de 10 pessoas/por pessoa); Sessões Festinha: 2€ (adultos) e 1€ (crianças até 12 anos).
Mais informações: CINEMA +351 21 310 34 00 | BILHETEIRA +351 21 310 34 00 | HORÁRIO
Casa do Cinema/FESTin // Rua da Rosa, 277, 2º andar 1200-385 Lisboa – Portugal
Contatos: festin@festin-festival.com | festin-festival.com | facebook.com/festin-festival
Cinema São Jorge // Av. da Liberdade, 175 – 1250-148 Lisboa | Tel.: 21 310 3400
Instituto Cervantes // R. de Santa Marta 43F – 1169-119 Lisboa | Tel.: 21 310 5020
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O FESTin é organizado pela ASCULP – Associação Cultura e Cidadania da Língua Portuguesa, em coprodução com o Cinema São Jorge e parceria estratégica com a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.E.M. e conta com o apoio financeiro da CML – Câmara Municipal de Lisboa (CML).