MARATONA DE DOCUMENTÁRIOS’15
Presente desde 2013, esta mostra destaca o melhor da produção de documentários em língua portuguesa. Este ano, além dos 6 filmes em competição, a Maratona de Documentários exibe um documentário sobre a produção musical angolana.
2 METROS QUADRADOS
13 Abril, 18h15 | sala 3
Portugal, 2014, 51 minutos
Realização: Ana Luísa Oliveira e Rui Oliveira
Daniel é jornalista e trabalhou em vários meios de comunicação, teve uma empresa, mas acabou a dormir em dois metros quadrados. É ele que vai nos mostrar como funciona o sistema que considera ser um verdadeiro “negócio da pobreza” e como as associações são, às vezes, ineficazes. Um filme sobre os “novos sem-abrigo”, dos que vivem em casas abandonadas, dos que vivem debaixo de teto mas não têm o que comer.
A NAÇÃO QUE NÃO ESPEROU POR DEUS
13 Abril, 19h30 | sala 3
Portugal/ Brasil, 2014, 89 minutos
Realização: Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen
Com: Ademir Matchua, Adeilson Silva, Alvanir Matchua, Aracy Matchua, Daniel Matchua, entre outros.
Em 1999, Lucia Murat filmou Brava Gente Brasileira, um filme de época que contou com a participação dos índios Kadiwéu, que vivem no Mato Grosso do Sul. A Nação Que Não Esperou Por Deus é um documentário sobre essa tribo. Nesses 15 anos, a luz elétrica chegou à aldeia e, com ela, a televisão, as novelas e todo o mundo do entretenimento. Cinco diferentes igrejas evangélicas se estabeleceram na reserva, todas lideradas por pastores índios. Ao mesmo tempo, os Kadiwéu voltaram a lutar pela demarcação de suas terras, retomando áreas em mãos de pecuaristas. O documentário procura mostrar esses diferentes caminhos.
A VIZINHANÇA DO TIGRE
11 Abril, 17h | sala 3
Brasil, 2014, 95 minutos
Realização: Affonso Uchoa
Com: Aristides de Sousa, Maurício Chagas, Wender Patrício, Eldon Rodrigues, Adílson Cordeiro.
Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem. Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias.
ÁGUA PARA TABATÔ
13 Abril | 23h | sala 3
Guiné-Bissau/Portugal, 2014, 46 minutos
Realização: Paulo Carneiro
Em 2011, o realizador Paulo Carneiro participou nas filmagens na Guiné-Bissau de Batalha de Tabatô, obra de João Viana que posteriormente correria mundo e seria selecionado para o Festival de Berlim. A equipa desloca-se num barco para a ilha de Bolama, mas a viagem não corre bem: num dado momento, o barco pára e reina a confusão. O realizador não consegue deixar de filmar o que se passa a seguir… Este é o primeiro média-metragem do cineasta lisboeta, que estreou com a curta-metragem Oh Johny e, para além de Viana, trabalhou com nomes como Joaquim Pinto e Albert Serra. Água para Tabatô venceu o prémio principal do festival de Martil no Marrocos e foi selecionado para o Jihlava na República Checa.
(ENTRE) CENAS
11 Abril, 19h | sala 3
Portugal, 2014, 83 minutos
Realização: Rui Simões
Documentário sobre a rodagem de Os Maias – (Alguns) Episódios da Vida Romântica, adaptação cinematográfica do romance homônimo de Eça de Queirós, pelo realizador João Botelho.
ESSE VIVER NINGUÉM ME TIRA
12 Abril, 17h, Sala Manoel de Oliveira
Brasil, 2013, 75 minutos
Realização: Caco Ciocler
“Aracy era uma mulher linda!” É a partir dessa frase que o realizador inicia sua busca por Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. Heroína anônima, morreu esquecendo e sendo esquecida, vítima do alzheimer e de um país também sem memória. Única brasileira considerada uma justa entre nações, viveu à sombra do marido famoso, o escritor João Guimarães Rosa. Sua atuação subversiva no consulado brasileiro em Hamburgo na Alemanha Nazista salvou vidas. Com pouquíssima documentação disponível e impedido de falar sobre sua relação com o marido por questão de direitos autorais, o diretor joga luz à essa existência através de suas próprias motivações pessoais.
KORA
15 Abril, 19h, Instituto Cervantes
Portugal/ Guiné-Bissau, 2014, 70 minutos | (Fora de competição)
Realização: Jorge Correia Carvalho
Com: Aladi Galissa, Mamadu Galissa, Aladje Mutaro, Fili Djibate, Omaro Djibate, entre outros.
Motivo de orgulho de nações que nasceram de tribos sem fronteiras, existem discrepâncias sobre a origem desse importante instrumento musical da África Ocidental, o Kora, mas é na Guiné-Bissau que muitas das lendas sobre a sua invenção se cruzam. Uma viagem no espaço e no tempo, por toda uma população que ainda reclama o kora como único e seu, transportando-nos além tempo numa atmosfera única entre o real e a ficção.
QUITUPO, HOYÉ!
09 Abril, 17h | sala 3
Moçambique, 2014, 63 minutos
Realização: Chico Carneiro e Rogério Manjate
Foi descoberta uma enorme reserva de gás natural na bacia do Rio Rovuma, ao norte de Moçambique. Esse gás será transformado e armazenado numa fábrica a ser construída na Península de Afungi, Distrito de Palma, habitado por 12 aldeias. Este documentário retrata como essas comunidades questionam a forma como serão reassentadas.
SEM PENA
13 Abril, 16h15 | sala 3
Brasil, 2014, 87 minutos
Realização: Eugenio Puppo
Nenhuma população carceraria cresce na velocidade da brasileira, que já é a maior do mundo. Sem Pena desce ao inferno das prisões brasileiras, para expor as entranhas do sistema de justiça do país, demonstrando como morosidade, preconceito e a cultura do medo só fazem ampliar a violência e o abismo social existente.
SETENTA
09 Abril, 18h30, Sala Manoel de Oliveira
Brasil, 2014, 90 minutos, Documentário
Realização: Emília Silveira
Em 1970, setenta presos políticos são trocados pelo Embaixador da Suiça e mandados para o Chile. Este documentário reencontra dezoito personagens desta história, quarenta anos depois. Eles trazem o relato de quem conheceu a dor e a violência, sobreviveu, construiu sua própria história e continua a acreditar que é possível melhorar o mundo.
YETU – A NOSSA MÚSICA
11 Abril, 23h | sala 3
Portugal/ Angola, 2014, 120 minutos | (fora de competição)
Realização: Ulika Franco
Documentário sobre a música de Angola. Parte do projeto Documentar a Música de Angola, iniciado em Junho de 2013 sob encomenda do Banco de Desenvolvimento de Angola. Este trabalho teve como objetivo dignificar a criação musical de Angola, procurando as raízes da música urbana e indo de encontro às ancestrais raízes da música de Angola.